No amanhecer de 1º de abril de 2018, comecei uma viagem para o desconhecido. Não era uma viagem comum. Era uma busca de algo que eu não tinha certeza. O Atacama e o Uyuni eram mais do que desertos. Eram batalhas construídas pela mãe natureza.
A aventura começou sob um céu vasto e azul. As montanhas distantes nos observavam. Eram antigas. Sabiam muito mais do que nós. Estávamos partindo para os seus braços e para o desconhecido.
A natureza era dura. A seca, a altitude, nos testavam a todo momento. Respirar era difícil. Cada passo, uma conquista. Encontrávamos lagoas. Algumas eram raras e tinham vida. Outras apenas memórias.
O dia era quente. O sol era implacável. A noite trazia o frio lancinante. Aprendemos a viver com ambos. Eles eram reais. Eram honestos.
Subimos montanhas. Era difícil. Cada passo exigia fé. Chegar ao topo abria um mundo vasto e belo.
Cruzamos fronteiras e vimos o céu refletido no chão como um espelho. O Salar do Uyuni.
Um espelho formado pela água depositada sobre um deserto áspero. Ele refletia o céu. Me perdi vendo um homem de ponta cabeça no horizonte. Caminhar ali era como flutuar entre as nuvens. Um sonho dentro de um sonho. Mas ele era real?
Voltamos diferentes. O deserto, o sal, o calor, o frio, nos forjaram. Éramos vencedores. Mas a vitória era sobre nós mesmos. Tínhamos histórias que deveriam ser contadas.
Essas fotos são mais do que imagens. São testemunhos. De uma busca por significado. A dor se transformou em beleza. Transcendemos. Cada uma representa um momento. Um pedaço da nossa história. Agora, compartilhada.